quarta-feira, 25 de março de 2015

ECOPARQUE-MUSEU SACACAS DO MARAJÓ.


Igarapé Água Boa - Salvaterra, Marajó: sugestão para lugar de memória e área protegida.


Vamos ao ponto: alguém duvida que o turismo configura salvação da "lavoura" para a pobre ilha do Marajó? Desde os anos 70, com a criação da PARATUR, ouvem-se falar das grandes vantagens da "indústria sem chaminés". E, pouco a pouco, apesar de hesitações e desencontros o turismo vem despontando na pauta de "exportação" do Pará.  Curiosa atividade econômica onde o que se exporta é a imagem do produto de consumo local para geração de emprego e renda interna.

No entanto, devemos estar atentos a turismos e turismos... No singular, vendendo gato por lebre pode ser cavalo de Troia escondendo perigos que, cedo ou tarde, acabam por se mostrar matando a "galinha dos ovos de ouro"...  Nesta semana, matéria do jornal francês Le Figaro informa que há seis milhões de franceses que saem de férias todos os anos ao exterior. Quando eu falo deste jornal não posso esquecer da reportagem especial, com apoio da AMAM e PARATUR, que o jornalista Sebastien Lapaque fez em visita a Camará, lago Arari e Museu do Marajó que, por certo, abriu caminho à curiosidade de seus colegas na imprensa turística da França. Assim como turistas franceses, muitos alemães, escandinavos, canadenses, estadunidenses, japoneses e outros mais procuram o Brasil, mas em poucos dias depois de visitar pontos turísticos mais badalados e saciada a curiosidade vão estes turistas vendo tais sítios invadidos pelo turismo de massa. Então, reclamam eles produtos oferecendo calma e silêncio de paraíso que tanta falta faz a quem trabalha o ano inteiro em grandes metrópoles agitadas pela modernidade. 

Aí o Figaro recomenda poucos destinos com características de lugares "atrasados", porém com ares plenos de felicidade, dentre os quais nossa querida e sofrida Ilha do Marajó. O que, em princípio, me dá medo. Pois revela fratura exposta da contradição entre o progresso equivocado aspirado pela maior parte da elite no poder e de outro lado, não em menor erro certa "economia verde" com sua tentação de muros e cercas de loteamento do paraíso ecológico exclusivo para ricos, cada vez mais complicados e reprovados pelo próprio mercado. O que aumenta a tensão global e, não raro, em vez do sonhado case de sucesso acaba sendo caso de polícia. 

Que alternativas a gente poderia aventar para um turismo inteligente no "paraíso ecológico" chamado Ilha do Marajó? Eu não sei responder e duvido de quem diz saber... Acredito que ainda precisa ser inventado in loco com boa dose de racionalidade com pitadas de loucura. Neste invento necessário será preciso menos normas de gestão e mais modos de gestação. Resolvi escrever estas linhas depois que o navio alemão Bremen aportou, neste início de semana, com 380 visitantes no rio Paracauari, despertando a cobra grande que dormia no fundo do Caldeirão e provocou um toró de ideias e discussões. Umas felizes e outras não...

Aparentemente, o turismo marítimo e fluvial tem a vantagem do hóspede vir dentro de seu próprio hotel poupando a paisagem de aleijões chamados resort onde a população local só entra uniformizada como criadagem de casa-grande pela porta de serviço. Além do navio ser "ponte" esperta que aproxima terras e cidades distantes quanto a nau se integra ao avião, então, é casamento certo. O diabo é na partilha do apurado saber quanto fica com os "anfitriões", quantos e quem eles são; depois de tirada a parte do leão da indústria e comércio do turismo. Eu sempre disse, depois de ir a Martinica e Guadalupe em delegação do Pará assistida pelo Itamaraty e depois continuada a Barbados; "olhem o exemplo do turismo marítimo nas ilhas do Caribe"... Claro, com seus pros e contras. Há muito tempo cruzeiros marítimos acontecem em Belém e Manaus principalmente; mas uma solução doméstica poderia fomentar turismo típico de ilhas amazônicas. Como se fala de turismo na ilhas gregas.  Só que falar estas coisas pelas ilhas do Marajó é como falar grego em quinhentas e tantas comunidades locais, verdadeiras aldeias ribeirinhas; carece cuidado. Em duas mil e quinhentas ilhas, cada uma com sua gente e natureza, o turismo de ilhas amazônicas jamais poderá sofrer o pisão que até as ilhas Galápagos estão a sofrer. Soure tem assento na ABITUR como destino da Ilha do Marajó inteira: e já sabemos que a "ilha" são muitos Marajós que se estendem até o continente, em aldeias-comunidades, inclusive unidades de conservação como a floresta nacional Caxiuanã e a estação científica Ferreira Penna, que realmente é uma pena tenham sido fechadas ao ecoturismo.

Ou esta ingênua comparação é heresia aos cânones da civilização? Fui cúmplice ou parceiro na vinda de certas personalidades ao Marajó, como o ministro da cultura francês Jack Lang e o famoso autor do best seller "Ócio criativo" Domenico de Masi. Fui menos feliz, entretanto, ao tentar levar o catedrático da universidade de Roma La Sapienza Silvano Peluso a Breves a fim de falar do acordo de paz de Mapuá 1659, entre o Padre Antônio Vieira e os sete caciques Nheengaíbas. Domenico correu feito criança na praia do Pesqueiro dizendo ele que tudo que ali via poderia ser comparável à Grécia antiga. Conversei longamente com monsieur Lang na Pousada dos Guarás, primeiro em caminhada matinal na Praia Grande e depois retidos pela torrencial chuva que impediu a visita ao Museu do Marajó em Cachoeira do Arari. Uma assessora do casal Lang recorreu a pajé em foz do Camará para livrar-se de dor muscular crônica, segundo ela, para a qual não havia achado médico e remédio eficaz em França que a livrasse da enfermidade. Ela retornou radiante da humilde casa do pajé que não lhe cobrou para o passe de mágica que lhe "salvou a vida", dizia-me a senhora maravilhada. Imagino o que diria depois em Paris caso o estresse da civilização voltasse a lhe atormentar a vida... 

Sei que sou, assumidamente, Quixote e Lang depois de conseguir ligação telefônica, quase impossível, do hotel-fazenda Carmo-Camará ao rio de Janeiro numa articulação via satélite com Paris ao Rio de Janeiro para pedir a seu amigo então ministro Gilberto Gil carinho para a obra literária do romancista do Marajó; disse ele em reunião na UNAMA que sou eu um apaixonado por "minha" ilha natal, como se ela fosse para mim o centro do mundo. O que é verdadeiro. Digo estas coisas a poucos amigos, quase a me desculpar de tanta loucura na luta contra moinhos de vento. Tal qual, por exemplo, a Reserva da Biosfera do Marajó e o turismo literário em qualidade de formador do tipo de turismo que acredito ser bom à inclusão socioambiental da Criaturada grande de Dalcídio Jurandir.

Memória do índio sacaca Severino dos Santos: semente de ecomuseu em área cultural da futura reserva da biosfera onde a Viagem Philosophica começou e o "índio sutil" iniciou o ciclo literário Extremo Norte.


A exemplo do Museu do Marajó, inventado de "cacos de índio" em 1972 em Santa Cruz do Arari e transferido em 1981 para Cachoeira do Arari; toda história do povo marajoara é refeita de fragmentos descosidos, desde fins de janeiro de 1500, com a histórica passagem do navegador espanhol Vicente Pinzón pela ilha "Marinatambalo", da qual ele capturou e levou os 36 primeiros "negros da terra" (escravos indígenas) da América do Sul. Escassas e contraditórias fontes dão lugar a infinitas suposições que se, na verdade, são tormento dos historiadores de outra parte confabulam com os mitos da formidável paisagem cultural do maior arquipélago fluviomarinho do planeta. 

A primeira e mais importante reconstrução do passado do Homem marajoara é um feito tardio da arqueologia cultural com base em diversas pesquisas desde o achado do teso Pacoval, em 20 de novembro de 1756, por Florentino da Silveira Frade (cf. "Notícia Histórica" (1783), de Alexandre Rodrigues Ferreira). Com os "cacos" do tempo arqueológico à vista descobrimos vários nomes de uma "ilha" que, na verdade, são mais de 2.500 ilhas: Analau Yohynkaku dos bravos Aruãs (apud Ferreira Penna), Marinatambalo (Pinzón), Ilha dos Aruans, Ilha dos Nheengaíbas, Ilha Grande de Joanes, finalmente Marajó.

 O padre João Daniel, missionário jesuíta vítima da política iluminista de Pombal com seus confrades, autor do "Tesouro Descoberto no Máximo Amazonas", é considerado a primeira fonte biogeográfica da Amazônia tendo em suas memórias no cárcere de São Julião da Barra do Tejo (Portugal) deixado muitas notícias de interesse para história da gente marajoara. Como a primeira fonte biogeográfica da ilha do Marajó pode ter sido trabalho do fundador da freguesia de N.S. da Conceição da Cachoeira do rio Arari (1747), Florentino da Silveira Frade, contemporâneo de João Daniel, mas ao contrário deste último favorecido pela política colonial; como autor do relato anônimo "Notícia da Ilha Grande de Joannes dos rios e igarapés que tem na sua circumferencia", que transcrevi e comentei em meu ensaio, inédito,"Breve História da Amazônia Marajoara".

Florentino Frade, na qualidade de inspetor da ilha do Marajó, foi quem acompanhou o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira, célebre autor da "Viagem Philosophica" (1783-1792), em viagem ao Marajó começando pela vila de Monforte (elevada da aldeia de Joanes, em 1758; atual distrito de Joanes, no município de Salvaterra, criado em 1961, e de Soure antes desta última data). O sábio de Coimbra, na "Notícia Histórica da Ilha Grande de Joanes ou Marajó" (1783), recolheu longo relato do sargento-mor de Ordenança da vila de Monforte chamado Severino dos Santos, índio sacaca em torno de 70 anos de idade, sabendo ler e escrever em português; explicando que a vila fora anteriormente aldeia dos índios sacacas, chamada Joanes em português por corruptela da língua indígena dos Iona (na grafia de Alexandre Ferreira), que prefiro escrever Yona.

Severino dos Santos informa que de longa data os Aruãs obrigaram os povos mais antigos da ilha, como os Yona, a se deslocar dos centros da ilha grande para a Costa-Fronteira do Pará. Cita os nomes de Laranjeiras, Três Irmãos, Curuxis como antigas aldeias Yona abandonadas diante do inimigo Aruã. Em Joanes, dizia ele, em certas épocas do ano os inimigos desciam pelo igarapé Jubim para atacar os sacacas junto as praias.

Então, os parentes Caripuna amigos das duas partes em conflito, porém condoídos da triste situação dos Yona aconselharam a estes ir buscar ajuda com os portugueses no outro lado, margem direita do Pará. Assim foi feito. Já pelo rio Arari no ano de 1680 o português Francisco Rodrigues Pereira, no igarapé Mauá, havia levantado o primeiro curral de gado sob risco de ataque dos índios bravios, desertores e escravos fugidos. Ou seja, Aruãs e quilombolas... Desde 1665 a capitania hereditária da Ilha Grande de Joanes existia no papel e o capitão-mor preposto do donatário da ilha; a torto e direito dava sesmarias a homens bons. Porém estes não tomavam posse imediata de suas intituladas terras por medo da fereza dos ocupantes de fato, no caso Aruãs ali chegados através da costa norte desde 1300 ou 1400. Já no caso dos Yona a antiguidade de ocupação primitiva do território insular era maior, levando em conta o que dizia Severino dos Santos e pesquisas arqueológicas posteriores da fase Marajoara e, inclusive, no próprio sítio da velha aldeia de Joanes.

As praias de Joanes, na ilha do Marajó, em 1645 foram palco sangrento do massacre do padre Luiz Figueira e seus companheiros, náufragos da Baía do Sol arrastados numa jangada improvisada pela força da correnteza e do vento, onde índios insulanos os mataram, certamente por ódio aos cariuás (ibéricos em geral) acamaradados ao temido inimigo hereditário caraíba (antropófago) tupinambá. 

Depois deste desastre, do qual foram acusados os façanhudos Aruãs de sempre levando fama ademais de antropófagos, de que na verdade eles eram vítimas preferenciais por inveja da valentia que ostentavam, mas nunca foram assim como nenhuma outra etnia de grupo Aruak em todo circum-Caribe. Na crônica do Grão-Pará, mais odiados e temidos ficaram sendo os chamados "nheengaíbas" com fama de ferocidade inigualável, em especial os ditos Aruãs e seus parentes próximos Anajás, que habitavam tradicionalmente o rio que hoje lhes guarda o nome étnico nos centros da ilha grande.

Com sorte, um grupo Yona de contato atravessou a baia do Marajó e topou logo um parente apelidado João Sapatu, que fora capturado ainda jovem pelos Tupinambás, estes verdadeiros antropófagos conquistadores do rio das Amazonas, sem registro competente ainda hoje em nossa história oficial. Eram os guerreiros Tupinambás aliados aos portugueses por consequência da mítica Terra sem males e o costume da guerra como religião se tornaram na colonização meros caçadores de escravos comparecendo na crônica colonial como "índios cristãos", indispensáveis às Tropas de Resgate como guias, pilotos, remadores e arqueiros. 

O providencial João Sapatu, que nem José do Egito na história dos Hebreus; foi intérprete e embaixador do povo Yona junto ao forte do Presépio negociando acordo militar de urgência a fim de enfrentar a secular agressão dos Aruãs contra as mais velhas nações marajoaras em disputa de território. Para os portugueses, a demanda dos Yona abria uma brecha na resistência dos nheengaíbas na Costa-Fronteira, visto que nas Ilhas de dentro embora o forte de Gurupá (1623) e a pax de Mapuá (27/08/1659) tendo levado à fundação das estratégicas aldeias jesuíticas de Aricará (Melgaço) e Arucaru (Portel), enquanto os Furos de Breves constituíram simples corredor de passagem para canoas de Drogas do Sertão e Tropas de Resgate provindas do Rio Pará ao Baixo Amazonas acima, ida e volta, sem porto digno de nota.

Ali a necessidade fez o acaso. Assim os velhos Yona, segundo a história oral dessa gente na conspícua memória do sargento-mor Severino dos Santos; se já não fossem talvez seus antepassados os artistas afamados da cerâmica marajoara a mais reputada agora através de mais de dez grandes museus nacionais e estrangeiros; ficaram dali em diante súditos da coroa de Portugal, primeiramente, na mais ínfima condição humana que o sábio de Coimbra deplora na escravidão dos índios no Pesqueiro Real. Mas, em compensação, entraram também na "Notícia Histórica", vestibular da "Viagem Philosophica", graças a qual seus descendentes sacacas agora poderão pleitear ingresso na história natural e cultural brasileira.

Estes acontecimentos relatados por Severino Sacaca se passaram em torno de 1686, que foi o ano de construção da fortaleza da Barra em frente a Val de Cães e também da primeira sesmaria dos Jesuítas na ilha do Marajó, localizada às margens do rio Marajó-Açu, que deu nome a toda ilha (cf. fontes jesuíticas do século XVII, citadas por Serafim Leite in "História da Companhia de Jesus no Brasil", tomo IV). Foram três as sesmarias dos Jesuítas no rio Marajó-Açu, respectivamente, com as fazendas São Francisco, São Braz e Rosário. A primeira teve sede na fazenda São Francisco (depois Malato) em face da aldeia Murtigura (Vila do Conde), hoje fazenda-hotel São Francisco do Marajó. 

Esta sesmaria confinava pela costa-fronteira abaixo com a também sesmaria dos Mercedários, na ilha de Sant'Ana, separadas pelo Igarapé Puca (Rio da Fábrica). Nas terras da primeira sesmaria dos padres da Companhia de Jesus achava-se originalmente a aldeia dos "Guaianases" [Guaianá] -- índios citados pelo padre Antônio Vieira no encontro dos sete caciques Nheengaíbas no rio dos "Mapuaises" [Mapuá]; pelo autor anônimo da "Notícia da Ilha Grande de Joannes" e por Alexandre Ferreira na "Notícia Histórica" -- (elevada em Lugar de Vilar, com São Francisco por padroeiro, depois localidade de Pau Grande e finalmente agrovila Antônio Vieira). A meia légua desta aldeia costa acima os padres fundaram com índios trazidos de Murtigura a "Aldeia das Mangabeiras" (freguesia de N.S. da Conceição de Ponta de Pedras (1737), depois Lugar de Ponta de Pedras (1758), transferida em data não precisa para a margem esquerda do rio Marajó-Açu, onde esta a sede do município de Ponta de Pedras, emancipado em 30/04/1878). O nome Marajó tem origem tupi (marã, mau; e yu, povo), não se justificando, me parece, a tradução vulgarizada de "Mbarayo" (barreira do mar). De fato, o Mar está no lado oposto à foz do rio Marajó a mais de cem quilômetros de distância... O rio tomou nome do habitante da ilha: o Marajó ("homem malvado"), guerrilheiro de emboscada com zarabatana e mortais dardos envenenados de curare: começou, realmente, no Itaguari ("ponta de pedras", na língua geral amazônica) a fama da antiga rota de guerreiros Aruã vindos da Contracosta através do Arari e Marajó grande ao Caripi ("caminho do guerreiro), já em Barcarena para penetrar o rio de Guamá, nome emblemático que remete o Pará velho de guerra ao mar do Caribe. Por aí também o caminho do bandoleiro cacique Guamã dos Aruãs e Mexianas, que cerca de 1723, ainda em guerra contra o inimigo Tupinambá e os portugueses do Pará, assaltava as ilhargas de Belém para sequestrar índios escravos para tráfico com franceses nas Guianas e Antilhas. Daí em sua perseguição ao bandido (para os lusos) e herói (para os rebeldes indígenas) começou a história do café no Brasil furtado de Caiena...

Severino contou ao naturalista que os portugueses concederam escolta com armas de fogo até então desconhecidas na ilha do Marajó a fim de dar escarmento aos belicosos Aruãs que infernizavam a vida dos até então Yonas e dali em diante Sacacas, como já iremos ver... Todavia, antes de regressarem a Joanes exigiram os lusos contrapartida na qual os Yonas trabalhassem como mão de obra na construção da fortaleza da Barra (esta, no século XX, viria a ser transformada em paiol de munição e, em 1947, explodiu atingida por raio que a arrasou totalmente, sendo hoje uma coroa que aparece na baixamar em frente à pista do aeroporto de Val de Cães).

Ansiosos para levar socorro aos parentes na aldeia, trabalhavam animosos os Yona aos gritos de sakakun, sakakun... Que significa em português "depressa". Deste modo, chamaram atenção aos demais índios trabalhando na construção que sem lhes conhecer a língua passaram a lhes chamar de Sacacas. E por Sacacas ficaram conhecidos os antigos Yona até hoje no orgulho de seus descendentes e também pelo fato da palavra sacaca ter valor de pajé verdadeiro na crença do povo remetendo ao mundo encantado de lendas e mitos relativos ao lago Guajará onde os antigos pajés de "sete fôlegos" costumavam se iniciar.

Com as armas e os barões de Joanes assinalados em Água Boa os sacacas venceram a batalha final contra os aruãs.

 E lá estavam na aldeia de Joanes os recentemente chamados Sacacas com seus novos amigos lusitanos armados de aracabuxá (arcabuz) e munição bastante para dar uma histórica lição aos valentes Aruãs. Felizmente, a pressa e gritos de urgência sakakun, sakakun!... na faxina deram tempo para cortar o mal pela raiz.

A prodigiosa memória do velho sacaca, por força da história oral de sua gente contada e recontada por gerações desde o acontecimento no decorrer do ano de 1686, pouco mais ou menos, alcançava as últimas décadas do século XVIII. Por necessidade e acaso, o longevo povo Joanes [Yona] havia resistido há quatrocentos anos de invasão de seu território e destruição de sua cultura nativa -- seriam eles no glorioso passado os artistas afamados da fase arqueológica Marajoara? Os decadentes descendentes do homem do Pacoval? Então os pajés sacacas seriam herdeiros de segredos da antiga religião que brindou a arte mais antiga da cerâmica marajoara? --: dali em diante, todavia, teria que se preparar à nova fase de resistência e luta. Não mais contra a barbaridade dos usos e costumes do inimigo Aruã, mas contra a incompatível civilidade e suserania dos novos aliados portugueses que junto às armas dos barões da capitania traziam também para a Ilha Grande de Joanes o sarampo, o andaço da bexiga, a pata de bois e cavalos e acima de tudo o regime escravocrata que o sábio de Coimbra ainda viu na opressão dos índios de Joanes no cativeiro do Pesqueiro Real, em Soure. Sim, porque depois da batalha do Igarapé de Água Boa os confiantes portugueses não iriam se contentar apenas de fazer filhos com as índias e ouvir estórias ao pé da fogueira na velha aldeia de Joanes.

Foi assim que daquele vez em diante os belicosos aruãs perderam a parada. Como de costume eles desceram pelo Igarapé do Jubim abaixo deixando na canoa dois índios de espera. E logo estavam eles, mais uma vez, a levar pânicos aos joanes... Mas, espera! A surpresa foi enorme, agora longe de sair fugindo para se esconder com mulheres, velhos e crianças os já chamados orgulhosamente Sacacas partiram pra cima dos atacantes que até ali confiados de seus desatinos nem sonhavam com o que lhes aguardava na sofrida e humilhada Joanes de outrora.

Saíram pela retaguarda dos aruãs arcabuzeiros portugueses e mamelucos em viva fuzilaria que foi deveras um inesperado espanto aos agressores, de maneira a não lhes dar passo para retirada. Já sem ordem nem comando cuidaram os bravos aruãs de correr com quantas pernas tinham. E foi assim que se refugiaram no Igarapé Água Boa onde os sacacas desde ali animosos no combate ajudas pelas armas portuguesas se vingaram mortalmente de todas ofensas e agravos sofridas ao longo de gerações. 

Passada a refrega de Água Boa cuidaram de cair fora aqueles dois aruãs de espera no Igarapé Jubim para levar longe, de boca em boca, até a Contracosta e às ilhas de fora a história do fim da guerra com os Yona. Na aldeia de Joanes, com a nova paz estabelecida, começava também a nova "raça" dos cabocos e com a retirada dos índios bravios as fazendas cresciam. Então, a resistência marajoara dali em diante ficaria por conta e risco dos pajés primeiramente e depois dos contadores de estória em cuja lembrança do sacaca Severino dos Santos presto homenagem neste modesto relato.


Por um turismo com cara e alma marajoara

 Como dizem os chineses, crise é sinônimo de oportunidade. A crise que ora se apresenta em todo mundo, como não podia deixar de ser bate forte no Brasil emergente. A democracia voltou para ficar, e vai continuar a reduzir as desigualdades queiram ou não queiram os políticos. Nosso país como poucos outros na Terra tem tantas possibilidades e desafios proporcionais. 

O Marajó velho de guerra ainda tem muitas barreiras a superar, mas já encontrou rumo. O fato de figurar na mídia com ilha turística é, sem dúvidas, oportunidade para atrair investimentos nacionais e internacionais integrados com todo o delta-estuário do maior rio do mundo onde estão localizadas duas capitais de estados brasileiros amazônicos. Notícias recentes na imprensa são indicativos de tempos novos que se avizinham da promessa de novo paradigma de desenvolvimento regional no qual já não se admite mais o povo à margem da história a ver navios.


Escrito por Mauro Bonna   
Seg, 01 de Novembro de 2010 21:12
IPHONE 3G - COLUNA MAURO BONNA DE 22 MARÇO DE 2015.

Estácio-FAP no MercedáriosA SPU (Secretaria do Patrimônio da União) doou para o Estado o complexo dos Mercedários, o qual, por sua vez, conclui o trâmite para repassar por comodato o imóvel à Universidade Estácio. Esta, por meio da Estácio–FAP, ficará responsável pelo restauro do prédio em um investimento de 10 milhões de reais e pela manutenção. Em contrapartida instalará no local um campus, com salas de aula e laboratórios, para seu mix de cursos superiores e o Museu da Gastronomia Amazônica. A iniciativa de restauro e novo uso do complexo também tem a participação do Sesc e da Fundação Roberto Marinho, parceria que já mexeu no Pelourinho, em Salvador.

Alta gastronomia no Ver-o-Peso
A Estácio-FAP, em parceria com a Prefeitura, instalará os seus cursos de Gastronomia e Nutrição no Mercado Francisco Bolonha, popularmente conhecido como Mercado de Carne do Ver-o-Peso. A universidade assumiu a responsabilidade de revocacionar o imóvel para um centro de alta gastronomia.

Sesc decide adotar o Marajó. Amém!
O Sesc nacional, por iniciativa do presidente da Fecomércio-PA, Sebastião Campos, decidiu adotar o Marajó, e alocou verba para instalar em Salvaterra um parque temático de turismo e lazer anexo a um hotel- escola, onde também funcionará, em convênio com o Senac, um curso de gastronomia e formação de mão de obra especializada para o setor. As negociações estão em fase de conclusão, e o Sesc para tal fim deve adquirir a Pousada dos Guarás.

Apoio ao Parque de Belém
A decisão está sendo aguardada para breve. Por iniciativa de Nelson Chaves, membros da bancada federal paraense protocolaram junto ao Ministério da Defesa, em Brasília, o pedido de doação para o município da área da pista do Aeroclube onde será construído o Parque de Belém. Tudo indica que as atuais operações do Aeroclube e dos táxis aéreos sejam transferidas para Val-de-Cans.

Alemães invadem amanhã o Marajó
O cruzeiro “Bremen” jogará âncora amanhã, às 11h, ao largo de Soure, desembarcando 200 alemães na cidade ávidos para conhecer fazenda de búfalos, a praia do Pesqueiro, grupos folclóricos e feira de artesanato marajoara. Na terça, o navio aportará em Belém, para troca de passageiros que chegam e seguem de avião.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ILHAS TURÍSTICAS DO BRASIL - ABITUR

Reafirmando a sua vocação turística e de vanguarda na divulgação, promoção e valorização do turismo sustentável na Ilha do Mel, um paraíso no Litoral do Paraná, Paranaguá e a Ilha do Mel serão as anfitriãs da primeira Assembleia da Associação Brasileira das Ilhas Turísticas do Brasil (ABITUR). A entidade, liderada por Rafael Guttierres, presidente da FUMTUR (Fundação de Turismo de Paranaguá),  sediará o evento de 12 a 15 de março próximos. No dia 13, na Nova Brasília, Ilha do Mel, a reunião será no espaço de eventos da Pousada Grajagan Surf Resort, às 10:30, com primeira chamada e segunda chamada às 10:45.  Oportunidade em que os representantes das principais ilhas (marítimas e fluviais) estarão reunidos para confeccionar um documento com pauta de reivindicações que será encaminhado ao Ministério do Turismo.

APOIO DA PARANÁ TURISMO
No Governo estadual, o trabalho de Guttierres tanto na FUMTUR como na ABITUR é apoiado e bastante reconhecido pelo Presidente da Paraná Turismo, Jacó Gimennes, que segue a orientação do secretário de Esporte e do Turismo do Paraná, Douglas Fabrício, no sentido de priorizar as necessidades e apelos do Litoral do Paraná. “A Ilha do Mel é um dos nossos maiores ícones do Turismo. Todo a iniciativa que visa o seu fortalecimento  como destino e produto turístico de qualidade, tem e terá o incentivo e a parceria da Paraná Turismo”, afirmou Jacó Gimennes. Para Rafael Guttierres Junior, “o trabalho unido e organizado trará resultados nos projetos e reivindicações que levaremos, após a nossa primeira assembleia,  ao Ministro Vinicius Lages”, observou.


Fundação
A Associação Brasileira de Ilhas Turísticas (Abitur) foi oficialmente criada na abertura da World Travel Marketing Latin America (WTM) 2014, no evento internacional da indústria do turismo que foi realizado em São Paulo. A solenidade de fundação da associação contou com a presença do ministro Vinicius Lages e do prefeito de Paranaguá, Edison Kersten e deu a chancela oficial para criação da entidade. “A aceitação e a adesão a esta proposta encabeçada por Paranaguá e pela Ilha do Mel tem sido ótima. Temos certeza que ela irá ajudar a promover e fortalecer ainda mais o turismo nas regiões contempladas”, salientou o prefeito.

As primeiras ilhas a integrarem a nova associação são a Ilha do Mel, em Paranaguá, no Paraná; a Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco; Ilhabela, em São Paulo; Ilha Grande, no Rio de Janeiro e a Ilha do Marajó, no Pará. A entidade busca também um assento no Conselho Nacional de Turismo.

Ilha do Mel  entre as dez praias mais requisitadas no carnaval, segundo Guia Viagens Brasil
As praias da Ilha do Mel (PR) e de Jericoacoara (CE) foram os destinos litorâneos mais procurados pelos brasileiros  no último Carnaval. Os dados são do Guia Viagens Brasil, um dos maiores portais de turismo do País, que listou os dez litorais mais buscados no período.   
O ranking do Guia Viagens Brasil, que apurou o volume de procura de seus usuários e seguidores em praias brasileiras para o Carnaval, apontou que os destinos nordestinos comandam o top 10 com quase 60% das buscas. Além de Jericoacoara, que sozinha representa quase 30% da procura, integram a lista o Gales de Maragogi (AL), Praia do Francês (AL), Ilha do Mel  (PR), Ilha Bela (SP) e outras do Paraná e Espírito Santo.

As notícias acima são amostra de oportunidades que a comunidade de municípios turísticos do Marajó pode desfrutar, saindo de um período de pessimismo e competição negativa para um plano de ação integrado à política estadual de desenvolvimento socioambiental sustentável. A gente marajoara, então, deixará de ser coitadinha da rica região para fazer valer sua verdadeira cultura de 1800 anos, base da ecocilivilização do futuro que todo mundo sonha.

Já falei demais do Museu do Marajó como portal da Cultura Marajoara. Agora é preciso também que os mais municípios façam o levantamento de suas potencialidades seguindo o exemplo do museu do padre Giovanne Gallo inventando espaços de memória e desenvolvimento humano local de maneira cooperativa e integrada ao ponto de -- havendo a reserva da biosfera que todos desejamos -- se possa dizer também que esta há ver vista também como enorme ecomuseu do Homem marajoara e da Biosfera.

Com o concurso da UNESCO e o IPHAN reconhecendo a Arte Marajoara como patrimônio cultural imaterial nacional, não será mais absurda a ideia de repatriamento de cerâmica marajoara arqueológica concorrendo para melhoria do IDH da gente marajoara. A suposta ponte sobre o rio Paracauari será viável como as mais necessárias para promover a Costa do Sol onde outrora se chamava a Costa-Fronteira (Ponta de Pedras, Cachoeira do Arari, Salvaterra e Soure) e sua interligação com a Alça Viária atraves da, por mim chamada, Ponte dos Cabanos. Sim, tudo isto ainda é sonho, mas o sonho de muitos já se chama movimento.


Salvaterra é um município brasileiro, localizado na Ilha do Marajó, no estado do Pará. É considerado o principal ponto de entrada para a Ilha do Marajó, através do porto de Camará, localizado no extremo sul do município, na foz do rio Camará.
Localiza-se a uma latitude 00º45'12" sul e a uma longitude 48º31'00" oeste, estando a uma altitude de 5 metros. Sua população estimada em 2010 era de 20 183 habitantes. Possui uma área de 1.039 km²2 .
Salvaterra era, desde 1901, distrito de Soure. Foi apenas em 1961 que foi elevada à categoria de município, conhecida desde então como a Princesa do Marajó, apresentando hoje 20.183 habitantes. Situada a oeste do estado do Pará, esse belo recanto amazônico proporciona aos moradores e visitantes da região um espetáculo natural de suas praias de água doce, dos seus igarapés e de suas fazendas.
Pelos campos encharcados durante as pesadas águas do inverno, passeiam búfalos mansos e seus vaqueiros morenos.
Água Boa é uma praia escondida dentro de Salvaterra e Joanes fica a 17 km do município.
A Reserva Ecológica da Mata do Bacurizal e do Lago Caraparu é uma Unidade de Conservação administrada pela Prefeitura Municipal de Salvaterra, com objetivo de proteger os recursos naturais e desenvolver o ecoturismo.
O abacaxi cultivado na região é um dos mais doces do país, tirando daí o sustento dos moradores e a economia da região, fazendo com que o município seja um dos grandes produtores da fruta. A produção de abacaxi de Salvaterra já está ganhando o mundo.

História

Por volta do século XVIII, o município de Salvaterra foi colonizado pelos jesuitas, que construíram uma igreja na Vila de Joanes para a catequização dos indígenas . Até hoje ainda existem as ruínas desta igreja na vila. Com a fundação de uma casa jesuíta em 1626 , em Belém, foi possível a expansão missionária por diversas aldeias na região Amazônica.
Conta-se hoje que o nome da cidade foi criado quando ao explorar a ilha e ver seus encantos, os jesuitas gritaram: "Salve Terra".

Economia

O município de Salvaterra já teve como base da economia a pesca, o gado e o coco-da-baía. Atualmente, o principal produto produzido é o abacaxi , que inclusive já é beneficiado; a mandioca também possui boa participação na economia.

Pontos Turísticos

Praias

  • Praia Grande
  • Praia de Água Boa
  • Praia do Pescador
  • Praia Grande de Joanes
  • Praia de Jubim

Outros lugares

  • Praça Magalhães Barata
  • Praça das Comunicações
  • Praça Nossa Senhora da Conceição
  • Ruínas Históricas de Joanes
  • Beira-mar Georgete Couto
  • Museu Municipal

Verão

No verão, durante o mês de julho, Salvaterra fica lotada por famílias em busca de paz e tranquilidade e por jovens em busca de férias e diversão.
Durante todas as noites do mês, a Praça Magalhães Barata recebe shows de diversas bandas.
Um dos mais importantes eventos da cidade é o Bloco Ilha. É um bloco de "carnaval fora de época" que arrasta multidões com atrações regionais e nacionais.

Igarapés

Durante o inverno, que vai do fim de Dezembro ao fim de junho, os igarapés enchem. Estes, com águas tranquilas são durante a época muito visitados por turistas e moradores da cidade.
Os mais conhecidos são: Igarapé do Limão (localizado em Joanes), Igarapé da Ponta (próximo a vila de Boa-vista) e os Igarapés da vila de Passagem Grande.



ideia para Ecomuseo Parque Sacacas do Marajó 

Importância

Os parques temáticos se popularizaram no, tanto em países industrializados como em vias de desenvolvimento. São espaços que atraem a população, infantil e juvenil, com oportunidade de revitalizar espaços devastados ou em risco de devastação. Assim que  para criar consciência sobre temas desconhecidos ou esquecidos pela sociedade. 

No caso das cidades irmãs-siamesas de Soure e Salvaterra ligadas pelo rio Paracauari, em vez de brigar como Rômulo e Remo da lenda romana, muito tem a compartilhar no desenvolvimento de um turismo de partilha. Onde o turismo literário, a exemplo da festa literária de Paraty. poderia se concentrar entre as duas cidades e se estender até Cachoeira do Arari e Ponta de Pedras relembrando a experiência de 2002, do Colóquio Dalcídio Jurandir - 6o anos de Chove nos campos de Cachoeira.

Como se sabe, Dalcídio Jurandir começou sua obra literária em Salvaterra, 1939, onde ele escreveu o romance seminal "Chove nos campos de Cachoeira" e "Marinatambalo" (Marajó). Este é visto pela crítica como primeiro romance sociológico brasileiro e fonte para antropologia do Marajo. Contribuição à ecologia e à linguística amazônica estão presentes na obra, de maneira que um parque temático e hotel-escola em Salvaterra servindo ao turismo de ilhas amazônicas teria enorme importância importância para educação patrimonial e o desenvolvimento sustentável da já chamada Amazônia Marajoara como um todo.

P. S. = Depois da partida do navio de turismo "Bremen" veio a baila na rede a sempre lembrada integração turística da Ilha do Marajó com a cidade de Belém (donde nossa provocação de Ponte dos Cabanos entre Alça Viária / Barcarena e Ponta de Pedras, rodovia Costa do Sol interligando Ponta de Pedras, Cachoeira do Arari, Salvaterra e Soure; finalizada com a Ponte do Paracauari). Não se pode dizer que isto é sonhar demais, se a gente quer de verdade ver o Turismo rebocar o IDH da criaturada para alto curso. Mas, então, a velha estória do aningal que virou mangal por passe de mágica de gabinete...

E aí e aí, que se podia desempatar a peleja dando nome de PARQUE JOSÉ MÁRCIO AYRES ao aningal. E do falso mangal do antigo Bagé não se falaria mais, para dar lugar a Soure-Salvaterra com seu verdadeiro mangal garças, guarás e outras aves aquáticas desde a Ponta do Maguari até o velho farol Itaguari, na boca do Marajó-Açu. Pode ser?


ECOPARQUE MANGAL DOS GUARÁS
 

vista aérea de Salvaterra de Magos (Portugal), cidade homônima de Salvaterra (Pará, Brasil).

Um comentário:

  1. Olá, amigos de Marajó. Eu gostaria de deixar um pedido para vocês aí do estado do Pará. Na ilha de Marajó e redondezas, existem muitos búfalos. Esses búfalos são considerados mansos e vivem próximos à população. Porém, o próprio poder público faz uso do pobre do animal para montar e fazer ronda de polícia e outros trabalhos. Não bastasse usar o animal para trabalhos forçados, eles enfiam uma argola de metal dentro do nariz do bicho para poder puxá-los e guiá-los para onde querem. Certamente existe uma maneira não dolorosa de guiar o animal. Isso fora outros maus tratos de que não temos conhecimento. O animal indefeso fica à mercê de gente insensível. Não é por serem grandes que não são tão puros quanto um passarinho, afinal são animais e todo animal é inocente. Se algum grupo de proteção puder ensinar a população a respeitar esses animais, não só cães e gatos, se puder solicitar às autoridades de lá para mudarem este procedimento para uma forma que não machuque o animal, seria muito bom. É preciso que o pessoal que gosta de animais se una e faça alguma coisa, pois quem não gosta é que não vai fazer, certo? Alguém gostaria de ter uma corda com argola dentro do seu nariz? Aposto que não. Os búfalos também precisam ser bem tratados. Obrigado e parabéns pelo blog.

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